Muito disseminado na mídia, já sabemos que o ato de fumar está associado a inúmeras doenças sistêmicas como as cardiopatias, cerebrais, pulmonares , gastrintestinais, sem esquecer do aumento do risco de aparecimento de neoplasias ( tumores;câncer)
A relação entre o tabagismo e as doenças que acometem a boca são maiores do que encontramos nos meios de comunicação e campanhas preventivas. Sabe-se bem dos fatores de risco para o aparecimento de tumores bucais , porém as informações estão aquém do satisfatório , para fatores agravantes das doenças periodontais, já que a causa primária das gengivites e periodontites é a placa bacteriana ou biofilme que podem levar até a perda do elemento dental.
A prevalência das doenças gengivais em fumantes, segundo pesquisas, mostram que os fumantes têm um risco de 2,6 a 6 vezes maior de desenvolver doenças gengivais do que em pacientes não fumantes. Além disso, a progressão da doença é diretamente proporcional e ligada, a quantidade de cigarros consumidas por dia, ou seja , quanto mais cigarros , maior a perda de inserção gengival e óssea.
As últimas pesquisas, mostram que não existem dados conclusivos que demonstrem que o fumo afeta os tecidos gengivais por alterar a composição da flora bacteriana, o que foi confirmado foram os efeitos negativos do tabagismo sobre o sistema vascular e imunológico do hospedeiro (paciente).
Como a doenças gengivais são infecciosas e de características inflamatórias podemos simplificar dizendo que a resposta inflamatória c
ontra as bactérias presentes nos sulcos gengivais, envolvem a vasodilatação dos vasos sanguíneos para a chegada de neutrófilos (células de defesa), iniciarem o processo imunológico de defesa do organismo.
Exatamente nesse ponto começa o entendimento resumido do fator de risco para o fumante. Quando ingerida a fumaça do tabaco, a nicotina é absorvida pelo organismo, estimulando hormônios, os quais fazem uma vasoconstricção nos vasos sanguíneos, diminuindo a permeabilidade das paredes do mesmo, impedindo a passagem das células de defesa. Além disso, diminui a circulação periférica, abaixando a oxigenação celular levando a um prejuízo na desinflamação e cicatrização do tecido doente. Esses eventos de defesa do paciente fumante, diminuem o sangramento, a salivação e aumenta o acúmulo de placa bacteriana e cálculo (tártaro).
Depois de identificados e informados sobre os efeitos bucais que o tabagismo acarreta, os fumantes devem ser questionados e se questionar sobre um eventual interesse em parar de fumar.A motivação que muitos fumantes precisam para parar de fumar devem ser oferecidos pelos profissionais da saúde em especial cirurgiões-dentistas, especialistas em periodontia, por seu contato mais próximo e freqüente com o paciente que o confia sua saúde e não quer perder seus dentes pela doença periodontal, intensificada pelo tabagismo.
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